O prefeito de São Paulo, Bruno Covas,
anunciou hoje (9) que a Secretaria Municipal da Saúde vai incluir a cloroquina
como uma das formas de tratamento para o coronavírus nos hospitais municipais.
No entanto, lembrou que o uso da substância só é autorizado para pacientes
internados e sob duas condições, quando houver prescrição do médico e desde que
o uso seja autorizado formalmente pelo paciente ou por sua família.
“Já determinei à Secretaria de Saúde para que ela possa adquirir mais
desse material. Temos hoje 6 mil cápsulas à disposição. Como cada paciente
precisa de seis, já temos medicamentos para tratar mil pessoas que estejam
internadas”, disse o prefeito.
“Ainda não é possível ser uma política pública porque não temos ainda
pesquisas concluídas [sobre a eficiência do medicamento]. Mas havendo
prescrição do médico e a concordância do paciente, a secretaria passou a
integrar esse medicamento no protocolo de atendimento da covid-19”, disse
Covas.
Infectologista
Ontem (8), em entrevista coletiva, o infectologista David Uip,
coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, disse que o
uso da cloroquina deve ser feito com muito cuidado, já que se trata de um
medicamento com efeitos colaterais. “A cloroquina está indicada para pacientes
internados, desde que prescrita pelos médicos com aceite formal assinado pelo
paciente. Temos enorme experiência com a cloroquina. Ela é usada há muitos anos
no tratamento da malária. É uma droga importante, mas com efeitos colaterais, não
desprezíveis. Ela deve ser utilizada sob prescrição e observação médica”, disse
Uip, ressaltando que sua eficiência ainda não foi comprovada cientificamente.
Também ontem (8), o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann,
disse que São Paulo já recebeu 200 mil comprimidos de cloroquina, que estão
sendo distribuídos para uso nos hospitais públicos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário