O deputado federal Aécio
Neves (PSDB-MG) foi denunciado nesta quinta-feira (30) pela Procuradoria-Geral
da República (PGR), segundo a Veja, pelos crimes de e corrupção passiva e
lavagem de dinheiro.
O ex-presidenciável é
acusado de ter recebido o valor de R$ 65 milhões em propinas de construtoras
nos tempos que ocupava os cargos de senador e governador.
A denúncia,
oferecida pela PGR ao Supremo Tribunal Federal (STF), aponta que Aécio recebeu
R$ 30 milhões da Odebrecht e R$ 35 milhões da Andrade Gutierrez para obter
vantagens indevidas.
Em contrapartida,
ele teria beneficiado as construtoras em obras de infraestrutura como o projeto
do Rio Madeira e as usinas hidrelétricas de Santos Antônio e Jirau.
Segundo a
acusação, o deputado comandou um esquema ilícito complexo de encobrimento das
propinas, através de contabilidade paralela, entrega de recursos por meio de
doleiros e transportadoras, uma empresa sediada no exterior, além de pessoas
intermediárias responsáveis por ocultar as benesses concedidas pelas
empreiteiras.
Também estariam envolvidos no esquema o ex-diretor de Furnas,
Dimas Toledo, e o empresário Alexandre Accioly. Ambos também foram denunciados
pela PGR.
“As provas
coligidas na investigação demonstraram a existência de um pernicioso e perene
esquema de troca de favores, cujo epicentro é Aécio Neves, configurando um
sistema institucionalizado de corrupção”, escreve a subprocuradora-geral da
República, Lindôra Maria Araújo.
O STF, agora,
analisará se aceita a denúncia da PGR contra Aécio. Ele já é réu em outro caso
em que é acusado de receber R$ 2 milhões em propina da JBS. Ele foi gravado
pelo dono da empresa, Joesley Batista, negociando pagamento de valores ilícitos
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