O
Brasil lidera o ranking de países ibero-americanos em
pesquisas sobre a pandemia do novo coronavírus. O país é o que tem mais artigos
científicos sobre o assunto e mais instituições trabalhando em aspectos diversos,
do conhecimento do fenômeno às formas de prevenção e tratamento.
De acordo com levantamento da Organização dos
Estados Ibero-americanos (OEI), a partir da base de trabalhos científicos
PubMed, cientistas brasileiros haviam publicado nessa segunda-feira (20)
833 artigos. Em seguida vêm o México (231), a Colômbia (157), Argentina (153),
o Chile (110) e o Peru (76). No total, foram mapeadas 1.478 investigações.
O Brasil é a origem das instituições com
mais trabalhos publicados: Universidade de São Paulo (165), seguida pela
Fundação Oswaldo Cruz (65), Universidade Federal de Minas Gerais (51),
Universidade Federal do Rio de Janeiro (50). Em
seguida vem a Universidade Tecnológica de Pereira (46), na Colômbia.
A entidade disponibiliza um observatório voltado
ao tema, atualizado em tempo real, e que pode ser consultado na internet.
Quando considerada uma rede de repositórios
institucionais de artigos científicos da região denominada LA Referência, a
Argentina é a que tem mais trabalhos publicados (131), seguida pelo Peru (124),
Brasil (45), Chile (33) e a Costa Rica (19).
No levantamento sobre essa base de dados, destacam-se as universidades
de Rosário, na Argentina (50), Universidade Peruana de Ciências Aplicadas (42),
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Comissão Nacional de Investigação Científica e
Tecnológica do Chile (33) e o Conselho Nacional de Investigações Científicas e
Técnicas da Argentina (29).
Para o coordenador de Desenvolvimento de Cooperação da OEI-Brasil, Allan
Torres, a liderança brasileira mostra a importância do trabalho feito pelos
pesquisadores do país sobre o tema neste momento excepcional.
“Acho que isso mostra a qualidade das nossas universidades e o senso de
urgência que tiveram perante a seriedade com que a covid-19 atingiu o Brasil.
Tanto o Brasil quanto a Ibero-América mostram o valor do seu capital humano, e
o mais interessante disso tudo é o espírito colaborativo”, afirma.
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