A Receita Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf), juntamente com o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), vão reunir
esforços para fiscalizar suspeitas de uso de dinheiro vivo para caixa 2 de
campanha nas eleições 2018. Pela primeira vez, os três órgãos vão atuar preventivamente
para investigar possível crime de lavagem de dinheiro de candidatos e doadores
por meio do uso de recursos em espécie.
A suspeita é de que candidatos façam declarações falsas à Justiça
Eleitoral e ao Fisco, informando possuir valores em espécie em casa que, na
verdade, não possuem. É o chamado “colchão” para lavagem, conforme definem
integrantes dos órgãos de controle. Para investigadores, casos assim podem
configurar “pré-lavagem de dinheiro”.
A
declaração falsa visaria, ao fim da eleição, transformar a sobra de campanha em
dinheiro próprio ou injetar recurso de origem ilícita para custear os gastos
eleitorais.
Em
2014 foram declarados R$ 300 milhões em dinheiro por 7,6% do total de 26.259
candidatos. Já em 2016, quando foram eleitos prefeitos e vereadores, 12,28% dos
497.697 candidatos declararam possuir R$ 1,679 bilhão em espécie.
Nenhum comentário:
Postar um comentário